Estava na correria no penúltimo semestre da graduação, ser bolsista, participar de um programa como tal não estava nos meus planos, assim
No entanto, surgiu o COVID-19 , esta pandemia veio para bagunçar nossas vidas, mas ao mesmo tempo me conduziu à esta grande experiência: o programa Residência Pedagógica.
O grupo do nosso curso: a Pedagogia estava sendo bombardeado de mensagens dos colegas do diretório acadêmico; precisávamos urgentemente de um grupo de colegas para fechar o programa, seria uma oportunidade única, nosso curso não poderia perder esta chance.
Vendo o engajamento dos que estavam em busca dos colegas para participar comecei a cogitar a ideia de me inscrever, seria uma ótima oportunidade de aprendizado, somando-se a isso iria agregar ao meu currículo.
Com o COVID-19 fui suspensa do meu emprego, com isso eu iria passar mais tempo em casa, deste modo poderia me dedicar e aceitar esta nova empreitada junto aos meus colegas. E foi assim, com muita organização, com cuidado para que eu pudesse dar conta das disciplinas da faculdade e participar do Residência que hoje estou elaborando este relato. Eu me sinto muito feliz e realizada por saber que estou podendo contribuir através das aprendizagens agregadas até o momento no crescimento de um aprendiz, e mais do que isso, estou compartilhando ideias, saberes com um grupo de docentes e futuros docentes excepcionais.
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- Sobre a inscrição no edital do Programa de Residência Pedagógica:
- A inscrição e a primeira reunião de núcleo do Residência Pedagógica:
Após a inscrição e também a aprovação da CAPES no programa, ficamos imensamente felizes em ingressar e por sabermos que iríamos aprender, enriquecer nosso currículo e também nossa graduação de forma significativa, com conhecimentos novos.
Desta forma, nossa primeira reunião de núcleo constituiu-se com os oito residentes convidados a participar juntamente com a docente orientadora Dra. Terciane Ângela Luchese e também com a preceptora Solange Lazzari. Nossas reuniões, por conta da pandemia, ocorreram de forma on-line. Todos os residentes abriram suas câmeras e houve grande participação, na mesma, bem como combinados referentes ao nosso núcleo de Pedagogia para a realização da regência escolar e demais combinações para as nossas web reuniões do núcleo, também algumas adaptações que fizeram-se necessárias devido ao momento vivenciado mundialmente.
Com a pandemia do novo coronavírus, tivemos novas realidades nos ambientes educacionais brasileiros. Os educadores, os discentes e todo o corpo docente precisaram adaptar-se com urgência ao novo cenário inusitado de 2020. Com o distanciamento social fazendo-se necessário e presente em todos os âmbitos da sociedade, a educação escolar precisou pensar em novos recursos para que não parasse e perdesse um ano letivo inteiro.
Salienta-se que foram necessárias muitas adaptações para que desse continuidade ao ano letivo em todas as escolas como rede privada, municipal e estadual de ensino. Bem como, a educação estava “acostumada” com alguns métodos pedagógicos e assim, fez-se a implantação de novos métodos,o uso de recursos tecnológicos se mostrou fundamental.
Através da tecnologia tão presente no cotidiano, inúmeras mudanças das aulas e planejamentos pedagógicos foram realizados, as escolas precisaram antes de tudo, contextualizar a realidade de seus alunos e adaptar-se aos recursos tecnológicos disponíveis na rede de ensino. Também considerando o que cada educando tinha disponível para as mediações tecnológicas em suas residências, juntamente com suas famílias.
Consequentemente, com cada instituição adaptando-se a realidade de seus alunos e familiares e assim, contextualizando para as mediações tecnológicas houve diferentes modelos de aulas, como surgiram as lives, as aulas síncronas, as aulas assíncronas e também as remotas. Contando com o apoio da internet e suas plataformas digitais e mídias sociais para que todos tivessem acesso aos materiais pedagógicos planejados, construídos e elaborados por todo o corpo docente das escolas. O planejamento de aulas impressas para entrega às famílias também foi utilizado como recurso possível.
Com todas estas adaptações fazendo-se necessárias para dar continuidade a educação básica brasileira, com a implantação obrigatoriamente das tecnologias nos ambientes escolares, percebemos que todo o corpo docente precisou usar essas mediações. Bem como, os educadores precisaram reinventar-se nesses novos tempos, mudar suas práticas pedagógicas que estariam “acostumados” e teriam aprendido teoricamente de uma forma.
Com o cenário pandemico vivenciado, as metodologias tradicionais que estavam ainda muito presentes nas escolas, tiveram de ser deixadas para trás e assim, começou-se a usar as mediações tecnológicas que foram comentadas por anos, porém em realidades brasileiras eram difíceis de serem alcançadas e principalmente utilizadas. Ou seja, todo o corpo docente precisou iniciar novas formações docentes, para que se preparassem para trabalhar com as tecnologias, para alcançar e proporcionar um ensino de qualidade aos educandos. Segundo Nóvoa, Caderno de empregos, JB (03/06/99):
A escola deve estimular as crianças a aprenderem a estudar e pensar e também a aprenderem a se comunicar e a viver em conjunto. Aprender a estudar e a pensar é essencial no mundo marcado pelo excesso de informações e conhecimentos que envelhecem muito rapidamente, mas não é menos importante aprender a se comunicar e viver em conjunto, estimulando a criança a falar, a ouvir, construir em conjunto.
É com este pensamento de Nóvoa que conseguimos refletir o quão importante é o papel das instituições de ensino na vida de uma criança, sendo que nesta pandemia do novo Coronavírus fica evidente. Bem como, onde todo o corpo docente das escolas precisaram com urgencia adaptar-se e levar até seus discentes este papel tão necessário a todas as famílias, ao apoio incondicional que os educadores demonstram todos os dias.
As escolas, os educandos, os profissionais e as famílias precisaram se unir em meio a este momento para poder proporcionar às crianças o que fosse necessário para uma educação de qualidade, assim aprendendo a se comunicar e viver em conjunto de forma diferente, ou seja, tecnologicamente.
Em virtude da desigualdade social, das muitas diferenças nas condições familiares e mesmo escolares, sabemos das dificuldades. Em virtude disso, nos baseamos e também estudamos materiais e articulações realizadas pelo professor Antônio Nóvoa relacionadas a docência em tempos de pandemia vivenciada em 2020, um ano atípico para todos, para assim enriquecer nossas aprendizagens e para conseguir propiciar o necessário aos nossos alunos, atendidos pelo programa de residência pedagógica.